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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Geografia - Inverno seco

Com El Niño e bloqueio atmosférico, país tem inverno com mais calor e ar seco em 30 anos

Carlos Madeiro
Uol

O calor e o ar seco registrados no inverno têm causado problemas a moradores e ao meio ambiente de quatro regiões do país, em especial Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Além do incômodo às pessoas da alta temperatura e baixa umidade do ar, a associação dos dois fatores tem causado grande número de focos de incêndio e agravado a seca em Estados nordestinos.

CALOR E SECA AUMENTAM EM 1 ANO

Mapa mostra diferença entre vegetação de 2011 e 2012: Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste são as regiões mais afetadas pelo calor e ar seco causados pelo El Niño

Segundo especialistas consultados pelo UOL, a soma de dois fatores explica o fenômeno natural: a volta do El Niño e o deslocamento do campo da pressão atmosférica da parte africana do oceano Atlântico para o Brasil, o que criou um bloqueio à entrada de frentes frias. Por conta dos dois fatores, o inverno este ano já é considerado com a maior associação entre calor e ar em três décadas.

Associado ao forte calor registrado, a vegetação seca aumenta a quantidade de incêndios nas áreas de mata. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a região Nordeste --onde 1.175 municípios estão em situação de emergência por conta da seca— é a mais atingida.

Até 30 de agosto último, foram 28 mil focos na região, 180% a mais que os 10 mil registrados no mesmo período do ano passado. No país, houve o registro de 74 mil incêndios, com aumento de 84% em relação ao mesmo período de 2011.

O Estado com maior número de incêndios no país é o Maranhão, onde 15 mil já foram registrados este ano, com alta de 300% em comparação ao mesmo período de 2011. Proporcionalmente, o Ceará é o Estado que registrou maior crescimento, com alta de 511% (691 casos).

“Todo ano temos focos de incêndio aqui, só que este está bem mais intenso, pois a estiagem é maior. Já fizemos reuniões com Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) e com o Corpo de Bombeiros para fazermos um planejamento e avaliarmos os possíveis focos de incêndio. É, sem dúvida, um caso que nos preocupa”, afirmou o coronel Hélcio Queiroz, coordenador da Defesa Civil do Ceará.

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