Área nobre da zona sul é líder em devastação
Do Estadão
Um dos últimos redutos de Mata Atlântica, Vila Andrade perdeu 13 mil árvores
SÃO PAULO - Localizado em um dos poucos bolsões de Mata Atlântica que restaram na mancha urbana de São Paulo, o distrito de Vila Andrade, na zona sul, foi o mais afetado pelos cortes autorizados de árvores nos últimos 14 anos. O bairro perdeu 13.454 árvores entre 1997 e 2011. O número corresponde a 18,5% de tudo o que a cidade perdeu no período.
A Vila Andrade lidera o ranking por dois motivos. Primeiramente, ainda tem farta cobertura vegetal - hoje, mais de 50% do distrito é coberto por verde. Além disso, impulsionado pelos empreendimentos no Panamby, é um local muito visado pelo mercado imobiliário.
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http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,area-nobre-da-zona-sul-e-lider-em-devastacao,927766,0.htm
Prédios e obras públicas levaram ao corte de 14 árvores por dia desde 1997
Do Estadão
Total equivale a 5 Ibirapueras; pesquisa apresentada na USP mostra que compensação oficial é insuficiente para repor vegetação perdida
SÃO PAULO - A cidade de São Paulo perdeu, com autorização oficial, 14 árvores por dia nos últimos 14 anos. Foram 72.514 exemplares cortados de lotes e áreas verdes com aval da Prefeitura. A vegetação retirada deu espaço a prédios, shoppings, ruas, estações de metrô e outras construções. O número corresponde a quase cinco Parques do Ibirapuera - a área verde na zona sul tem aproximadamente 15 mil árvores.
Os dados foram compilados pela arquiteta e urbanista Luciana Schwandner Ferreira, que os apresentou em sua dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Luciana já trabalhou no departamento da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente responsável pelas compensações ambientais exigidas para corte de árvore. A pesquisadora fez o levantamento com base nos despachos publicados no Diário Oficial da Cidade entre 1997 e 2011.
Segundo a Prefeitura, uma autorização só é dada após a exigência de replantio de um número maior de árvores do que as que foram retiradas. A pesquisa mostrou, porém, que o mecanismo de compensação não funciona de forma eficiente e tampouco aumenta ou mesmo mantém a cobertura vegetal dos locais onde os cortes foram autorizados.
O número é alto, mas ainda é pequeno se comparado ao total de verde perdido pela cidade nesse mesmo período: desmatamentos ilegais não estão computados. "Existem outros cortes que não exigem compensação ambiental e, claro, os cortes irregulares, que não estão computados", diz a pesquisadora.
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http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/impactos/impactos.htm
ResponderExcluir(Natasha Theo)