Por falar em Líbano, posto aqui o link de uma entrevista com a jornalista, tradutora e poeta libanesa Joumana Haddad, autora do livro "Quem matou Sherazade" (Ed.Record), editora de uma polêmica revista chamada Jasad, editora cultural do An-Nahar, o principal diário libanês, ela vem denunciando a situação da mulher no mundo árabe. Desvinculada dos padrões religiosos e patriarcalistas de sua região, esbanja coragem e ousadia. Deem uma olhada. A matéria é boa, apesar de se da Globo.
Essa entrevista é para a revista O Grito!
QUANDO A SENSIBILIDADE NÃO É MONOPÓLIO DE UM SEXO
Mulheres comuns trabalham, cuidam dos filhos, são fiéis aos maridos e resignam, ainda hoje, a cuidar da casa nos finais de semana. A libanesa Joumana Haddad não é uma mulher como essas outras tão comuns. Ela trava uma constante luta contra os estereótipos que o Ocidente criou acerca da mulher árabe (resignada e relegada à ineficiência). Sem aceitar a repressão do Alcoorão, ela defende o fim da unanimidade, de que não é preciso parecer um homem para empunhar o emblema da feminilidade.
Poeta,escritora, jornalista e feminista. É nessa amálgama que cabe Joumana. E é justamente por ter nascido e por viver num país onde as mulheres são reprimidas e ignoradas que ela tem uma relação peculiar com sua cultura. Mas para ela a luta pela igualdade entre os sexos é “um combate para ser feito todos os dias e em todos lugares”. Além de, também, dar aulas de italiano, falar sete línguas e editar uma revista (censurada em muitos países) cujo tema central é falar sobre os tabus relacionados à sexualidade, ela ainda tem tempo para cultivar toda sua feminilidade e beleza.
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Joumana luta pela Liberdade
Do Estadão
OLINDA - Quando a guerra civil começou no Líbano, Joumana Haddad tinha quatro anos. "Até meus 21, vivi aquilo e devo muito do que sou a todo esse período difícil", comentou a poeta, escritora e tradutora que agita o mundo árabe com suas ideias, sua polêmica revista feminista Jasad, seus vestidos curtos e seu recém-lançado Eu Matei Sherazade (Record), que acaba de chegar às livrarias libanesas e foi totalmente ignorado pela imprensa local. No Brasil para divulgar o livro, que já foi editado em 12 países, Joumana fala sobre a nova mulher árabe nesta segunda, 14, na 7ª Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto); no dia 16, no Polo do Pensamento Contemporâneo (Pop), no Rio; e no dia 18, na Casa do Saber, em São Paulo.
Aos 41 anos, não deixa de se indignar pelo fato de que ainda são poucas as mulheres que se irritam por viverem submissas. Ela acredita que, em algumas situações em que elas se mostraram mais participativas, como nos recentes protestos na Tunísia e no Egito, era tudo fachada. "Quando acabaram os protestos, elas sumiram. Foram usadas como peças de xadrez e o pior é que aceitaram isso", comentou a escritora, que não está animada com o rumo que as coisas devem tomar nos países revoltosos já que, como disse, lá a escolha é sempre pelo menos pior.
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