El País
"Não é possível que não afete o Líbano", comentava meses atrás a este jornal um veterano observador político libanês. A incógnita é em que medida a guerra vai contaminar o pequeno vizinho desmembrado da Síria pela potência colonial francesa depois da queda do Império Otomano, e onde há apenas sete anos ainda estavam mobilizados 15 mil soldados de Damasco. Porque são muitos os ingredientes que podem propiciar explosões mais violentas do que a que sofre Trípoli desde a última segunda-feira (20).
Fiéis de qualquer das confissões, às vezes parentes, vivem dos dois lados da fronteira; os interesses econômicos sírios em Beirute são - à margem dos que consideram o Líbano parte da Síria - enormes; as fraturas sectárias entre os 4 milhões de libaneses são centenárias; as seitas sunitas, xiitas, cristãs e drusas se armaram até os dentes, e um bom punhado de países poderosos também travam uma guerra com seus testas-de-ferro em campo.
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